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Coronavírus: pandemia está esvaziando geladeiras dos brasileiros

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Pesquisa do Unicef mostrou piora na alimentação dos brasileiros e consumo de comida industrializada como salsichas só aumenta

 

Antes da pandemia, Monica Ferreira da Silva, de 50 anos, tinha o hábito de comprar queijo, frutas e verduras. O filho mais novo, de 10 anos, fazia ao menos três refeições por dia na escola municipal do Rio.

 

Banana, que ele adora, sempre tinha, além de pão integral, leite e achocolatado. Com a crise de saúde global, os armários e a geladeira esvaziaram. “Não entram mais essas coisas porque não tem como comprar.”

 

Segundo pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgada na terça-feira, 25, um em cada cinco brasileiros relata não ter conseguido comprar alimentos durante a quarentena.

 

“Uma amiga ajudou, deu R$ 100. Outro amigo emprestou mais R$ 100 e vou fazendo compras, pago as contas”, relata Monica, que nesse período recebeu duas cestas básicas de doação, uma em maio e outra em junho.

 

Quando a comida é pouca, ela deixa para os filhos e se alimenta com mingau. Durante a pandemia, chegou a ter só arroz e água na geladeira.

 

“Antes, a gente não tinha preocupação. Tinha carne moída para fazer com batata, cenoura. Isso não tenho mais. Se compro, tem de ficar dosando para durar uma semana. Compro frango, que é mais barato.”

 

Na zona leste de SP
Já na zona leste de São Paulo, Cicera Bezerra da Silva, de 30 anos, está desempregada. O marido faz bicos como ajudante de pedreiro e o filho de 6 anos está em casa.

 

A família mora em São Mateus, na periferia, e há cinco meses não tem renda fixa: só o auxílio emergencial. “Antes da pandemia, era bom. Graças a Deus, nunca comemos sem mistura (carne), mas depois começamos a comer sem. Às vezes falta e antes não faltava”, conta.

 

Por seis meses, receberam doação de cestas básicas de uma igreja. Se antes a criança tomava até cinco mamadeiras por dia, hoje é só uma, complementada com a comida que dá para comprar. Só entram o essencial e o mais barato: arroz, feijão, ovo e salsicha – este último eles nem gostavam de comer.

 

Abriu espaço para enlatados
Segundo a pesquisa do Unicef, a dieta do brasileiro também piorou: um terço (31%) das famílias que têm crianças e adolescentes afirma que aumentou o consumo de produtos industrializados, como macarrão instantâneo e biscoito recheado. Nesse grupo, 20% relatam exagero no fast-food, como hambúrgueres.

 

da Redação com informações do Terra – foto: divulgação internet

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