Close

Covid: Variante brasileira corresponde a 90% dos casos em SP, diz estudo

Compartilhe

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Análise identificou a variante P.1 corresponde em 90% dos sequenciamentos genéticos realizados; 21 linhagens já foram encontradas em São Paulo

 

Um estudo do Instituto Adolfo Lutz concluiu que a variante brasileira, a P.1, que surgiu em Manaus, corresponde a 90% casos analisados de infecção pelo novo coronavírus no estado de São Paulo.

 

A P.1 é considerada pelas autoridades sanitárias uma “variante de atenção” por causa da possibilidade de maior transmissibilidade ou gravidade da infecção pela covid-19.

 

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a pesquisa conduzida pelo Adolfo Lutz foi concluída ontem e avaliou 1.439 sequências genéticas do vírus. Ao todo, foram identificadas 21 linhagens diferentes no estado.

 

O estudo também apontou uma evolução da P.1 em São Paulo no primeiro trimestre. Em janeiro, ela representava 20% dos casos identificados. Em fevereiro foi a 40%, e em março chegou aos 80%.

 

“O aumento dos casos, internações e óbitos que identificamos, especialmente no primeiro trimestre deste ano, pode estar relacionado à maior circulação desta variante de atenção. Nossas equipes seguem analisando em múltiplas frentes este vírus, contribuindo com a ciência e com as ações de combate à covid-19″, disse a coordenadora de Controle de Doenças da Secretaria estadual de Saúde, Regiane de Paula.

 

Ainda segundo a Secretaria de Saúde, a variante predomina em 15 regiões do estado, com exceção de São José do Rio Preto e de Presidente Prudente, onde a e P.2 é mais evidente.

 

Já a B.1.1.7, variante britânica, está em 12 regiões, com maior incidência em Campinas e Taubaté – de 12,33% e 21,05%, respectivamente. Não há registros dela em São João da Boa Vista, Bauru, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Marília.

 

Baseando-se no estudo do Instituto Adolfo Lutz, Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo afirmou que a variante P.1 explica a velocidade no aumento de casos, internações e óbitos. “Mesmo com essa variante foi possível conseguir esse momento de redução progressiva da transmissão do vírus”, afirmou.

 

O estado de São Paulo tem registrado queda na média móvel de mortes. Mais de 160 casos De acordo com o Governo de São Paulo, até ontem foram confirmados 164 casos das três variantes no estado; 152 delas foram da P.1, nove da B.1.1.7 e três da B.1.351, esta última a variante sul-africana. Dados da Secretaria de Saúde mostram que até outubro do ano passado, a variante B.1.1.28 predominava no estado e chegou a ultrapassar 90% dos casos. Havia também a B.1.1.33 que chegou a alcançar 30% das amostras.

 

Ambas sofreram mutações e deram origem a duas novas variantes, respectivamente: a P.2 e a N.9, que surgiram no último bimestre de 2020. Em novembro, a B.1.1.7 passou a circular no estado e, a partir de dezembro, a P.1 (derivada da B.1.1.28).

 

“O sequenciamento genético não deve ser confundido com diagnóstico de covid-19, até porque não se trata de uma análise individualizada do paciente. Ele também não muda as orientações e hábitos de prevenção, nem mesmo a assistência médica, que considera sempre o quadro clínico do paciente. Identificar as novas linhagens de um vírus é um instrumento epidemiológico que contribui para ações de saúde pública ao permitir que identifiquemos como o vírus se comporta no espaço e tempo”, diz Adriano Abbud, diretor do Centro de Respostas Rápidas do Instituto Adolfo Lutz.

Por UOL Notícias – imagem: reprodução

admin

admin

Escreva o seu comentário!

Sobre Mim

Clique no botão de edição para alterar esse texto. Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Novas Postagens

Siga nós