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Aniversário: neste domingo, Anápolis completa115 anos de emancipação

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Segundo historiadores goianos, duas grandes correntes foram responsáveis pelo desbravamento das terras goianas: a mineração e a agricultura. Anápolis nasceu de uma combinação das duas

Anápolis celebra, neste 31 de julho, 115 anos de história. Por mais de um século, homens e mulheres escreveram os capítulos de bravura e dedicação, para que o município cidade chegasse aos nossos dias consolidada como uma das grandes e promissoras do país.

Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram origem na movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis), Corumbá de Goiás, Santa Cruz, Bonfim (Silvânia) e Vila Boa (Cidade de Goiás).

Os principais cursos de água que cortam a região de Anápolis – João Cezário, Góis e Antas – tinham dupla importância no translado desses garimpeiros: eram sítios de descanso e serviam como referência e orientação na viagem.

Abandonando os sonhos de aventura e de riqueza em face da exaustão do precioso metal nas lavras antes promissoras, muitos daqueles viajores optaram pelas margens do Antas para estabelecer moradia, constituir família, explorar a terra.

Em meados do Século XIX surgiam aqui os primeiros moradores, formando um povoado que viria a ser a cidade de Anápolis, graças ao movimento de tropeiros na região em direção às lavras de ouro das vilas próximas, como Corumbá e Meia Ponte, atualmente Pirenópolis. Como o ouro foi acabando, muitos destes viajantes optaram por morar na região, principalmente às margens do Ribeirão das Antas.

De acordo com a tradição oral sobre a história de Anápolis, em 1859, a fazendeira Ana das Dores de Almeida partiu de Jaraguá para Bonfim, hoje Silvânia, numa viagem com tropa de burros. Um dos animais levava a imagem de Sant’Anna, de quem era devota. Ao pararem para descansar nas proximidades do Ribeirão das Antas, o animal que levava a imagem da santa sai em desabalada carreira pelas matas da região. Como já anoitecia, na manhã seguinte dona Ana determina aos peões o animal, que, encontrado, estava com sua carga espalhada pelo chão. Ao tentar recolocar a mala com a imagem no lombo do burro, os peões não conseguiram retirá-la do chão, levando Dona Ana a interpretar o fato como o sinal de que a santa desejava permanecer no local. A devota faz então a promessa mandar erguer no local uma capela para abrigar a santa.

Vinte e dois anos depois, seu filho, Gomes de Sousa Ramos iria cumprir a promessa. Em 1871, aos 33 anos, ele se muda para o local, atraído pela fertilidade da terra e pelo clima. Empreendedor, conseguiu dos moradores, devotos de Sant’Ana, a doação de terras para a construção da capela e formação do patrimônio. Em menos de dois anos estava pronta a capela e até um padre já servia ali. Surgira o Povoado da Capela de Santana das Antas.

No dia 2 de maio de 1872, Gomes de Souza Ramos partiu para uma longa viagem a cavalo para a capital da província, Vila Boa, hoje cidade de Goiás. Ele levava um abaixo assinado, redigido pelo padre, pedindo a elevação do povoado à categoria de Freguesia. Pouco mais de um ano depois, no dia 6 de agosto de 1873, o povoado foi elevado à freguesia, com o nome de Freguesia de Sant´Anna das Antas.

Em 1882, o professor José da Silva Batista mudou se para a Freguesia de Santana de Antas, como professor primário. Ele possuía alguns conhecimentos de medicina, o que lhe permitiu ser o médico e o farmacêutico da população. Ele e Gomes de Sousa Ramos pleitearam a elevação da freguesia à categoria de Vila, o que conseguiram em 1887. Porém, com as revoluções causadas no país pelo advento da Lei Áurea em 1888, e pela Proclamação da República no ao seguinte, a instalação oficial da Vila só se concretizou em 10 de março de 1892. Gomes de Souza Ramos não viu seu sonho realizado, morreu no dia 22 de setembro de 1889.

Por meio de eleições, em 1893 o povo antense escolheu o primeiro intendente Lopo de Sousa Ramos, e o primeiro conselho municipal, formado por Antônio Crispim de Sousa, Teodoro da Silva Batista, Vicente Gonçalves de Almeida, Floro Santana Ramos, Antônio Batista Arantes e Modesto Sardinha de Siqueira. Já contando com autonomia administrativa e base territorial, a Vila de Santana das Antas foi elevada à categoria de cidade pelo Decreto-Lei nº 320 de 31 de julho de 1907, assinado pelo então presidente do estado de Goiás, Miguel da Rocha Lima, passando a ser denominada de Anápolis, sendo considerado hoje como a data natalícia da cidade. Na verdade, a vila passou a ter independência político e administrativa em 15 de dezembro de 1887, quando foi transformada em Vila de Santana das Antas, instalada em 10 de março de 1892.

Através do pioneirismo de Francisco Silvério de Faria e do engenheiro Ralf Colleman, a cidade passa a contar com a energia elétrica em 9 de janeiro de 1924, sendo a primeira cidade do estado a contar com este benefício. A instalação do telégrafo deu-se em 1926, a ferrovia chegou em 7 de setembro de 1935 e os telefones em 1938. Em 1927 foi fundado o Hospital Evangélico Goiano, pelo médico e missionário evangélico pernambucano de origem inglesa, Dr. James Fanstone, sendo na sua época a mais moderna instituição de saúde do centro-oeste brasileiro, e até hoje uma referência em saúde na região.

O evento da chegada da ferrovia a Anápolis em 1935, foi o elemento catalisador do desenvolvimento da cidade, conferindo definitivamente a ela a função de núcleo comercial do estado, transformando-a em centro coletor de produtos agropecuários e de distribuição de mercadorias, o que impulsionou o crescimento econômico e a estruturação do espaço intraurbano. Esse marco inaugurador do processo de modernização de Anápolis era tido como símbolo da chegada do progresso e como solução dos problemas relacionados ao transporte, visto que era escassa e precária a situação da rede rodoviária. A estação ferroviária central foi instalada na Praça Americano do Brasil, local que se modificou rapidamente em função de todas as atividades ligadas a produção, escoamento e comercialização da produção.

A construção de Brasília, inaugurada em 1960, junto à introdução da estrutura viária refletiu tanto no papel regional de Anápolis quanto no plano populacional e urbano. Houve um significativo aumento demográfico, uma expressiva expansão urbana com a aprovação de inúmeros loteamentos, uma ampliação do sistema viário, com a abertura de importantes avenidas, que facilitaram o acesso ao centro, e também possibilitaram o surgimento de bairros muito distantes dele.

Mesmo estando inserida nos principais fatos que marcaram a modernização do estado, vivenciando expansão comercial, aumento populacional e aceleração da velocidade de desenvolvimento, foi a implantação do Distrito Agroindustrial na década de 1970, o principal agente de desenvolvimento do município. O DAIA, foi a arrancada final do progresso da cidade, e, a partir dele, a economia Anapolina realmente começou a se alterar e o setor secundário se firmou como principal ramo econômico da cidade.

De lá para cá a cidade fez história. Consolidou-se como destaque em vários setores, dentre os quais despontam a área educacional, com duas universidades e várias faculdades. Destaca-se também através do Polo Farmoquímico e do Porto Seco.

São, portanto, 114 anos de uma história contada como descrita numa das frases da letra no Hino de Anápolis, letra da professora Hermogênea Eleutério: “Anápolis de lutas e valores”. A cidade é hoje a principal economia depois da capital, Goiânia; detém o 2º maior PIB do estado de Goiás, o que representa 8% de todo PIB estadual, e consolida-se cada vez mais como o maior polo industrial do Estado. Contribui para isso a localização estratégica e a implantação.

Anápolis representa quase 20% de toda a indústria de transformação do estado de Goiás. Concorre para isso importantes indústrias, que transformaram a cidade num polo nacional de fabricação de medicamentos genéricos, considerado o 3º maior em produção do Brasil.

Tudo isso contribui para que Anápolis sempre ­figure como o município mais competitivo do estado, bem como entre os 50 maiores da indústria nacional.

por DM – foto: redes sociais

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