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Hope: a cadela terapeuta

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Uma cadelinha da raça Golden Retriever é uma funcionária da Ala Pediátrica do Inca (Instituto Nacional do Câncer) no Rio de Janeiro. Com apenas 1 ano e 10 meses de idade, Hope (que significa esperança em inglês) tem a tarefa de espalhar alegria, carinho e oferecer mais conforto aos pequenos pacientes que lutam contra diversos tipos de câncer.

 

Hope começou o expediente em abril de 2019 no INCA – hospital de referência no tratamento do câncer. A cadelinha visita os pequenos pacientes uma vez por semana durante uma hora, todas as sextas-feiras. A ideia é ampliar as visitas para dois dias na semana.

 

Com o colete que funciona como um jaleco hospitalar, crachá e coleira, a cadelinha e o adestrador André Luiz Moreira passam de quarto em quarto para brincar com os pacientes. Ela alegra os dias da ala pediátrica do INCA e também faz sucesso na internet, o Instagram da Hope de Mell é @hopedemell .

 

Durante a visita, as crianças fazem carinho, conversam e sorriem para a nova “médica” do hospital. Alguns já ficam ansiosos esperando o próximo dia de visita. Outros, choram quando Hope precisa ir embora.

 

Nos corredores do hospital, a cadelinha que teve o nascimento planejado para ser um “cão terapeuta”, virou uma espécie de celebridade. Famílias e funcionários se revezam para tirar fotos com ela. A diretora da unidade, localizada na praça da Cruz Vermelha, na região central da cidade, precisou reservar um horário na agenda para conhecer a nova ‘profissional’.

 

Hope integra o primeiro projeto de terapia assistida por animais no INCA e as visitas dela tem como objetivo tornar o ambiente mais leve e aconchegante para os pacientes em tratamento.

 

 

O projeto foi idealizado pela médica oncologista Bianca Santana, que não recebe nenhum tipo de apoio do governo para colocá-lo em prática. Segundo ela, em menos de um mês, os resultados já superaram as expectativas. “O clima ficou muito bom. Ficou mais leve. Quando ela vem a gente para de falar de doença, a gente passa a falar de cachorro”, diz Santana.

 

“No primeiro dia que ela veio com criança, ela não passou da porta de entrada. As crianças atacaram e ela ficou ali, deitou. Uma puxava o rabo, a outra mexia na perna, a outra fazia carinho e ela ficou e adorou”, recorda a médica.

Para os funcionários do INCA já é possível observar os benefícios da presença da Hope nos pacientes. “Em momentos delicados de medicação, de dor, só em falar na Hope já faz com que as crianças se distraiam e fiquem mais animadas. É impressionante”, disse uma enfermeira da pediatria.

 

 

Já a Chefe do Serviço de Oncologia Pediátrica, Sima Ferman, diz acreditar no sucesso do projeto. “Nossa linha toda de trabalho aqui é atenção integral à criança, então uma preocupação que nós temos ao longo dos anos não é só oferecer o tratamento oncológico, mas cuidar da criança no ponto emocional e social. Então várias atividades são feitas para melhorar a estadia da criança aqui, e fazer com que o tempo dela no hospital seja mais ameno. Hoje temos vários projetos neste sentido e a Hope veio coroar”, afirma.

 

por Portal UOL – foto: reprodução internet

admin

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